terça-feira, março 02, 2004

Inferno vs. Inverno

Escreve João Pereira Coutinho na Maxmen deste mês: "A ideia de Inferno funcionou apenas numa altura em que os principais vícios infernais eram deplorados pela massa ignara. Mais do que isso: deplorados e temidos. No Inferno, as chamas queimam, a tortura abunda e a licenciosidade reina. Ou seja: o Inferno dos nossos antepassados é o Paraíso dos nossos contemporâneos - aqueles que pagam exorbitâncias por praias calientes, sessões privadas de sadomasoquismo e adolescentes tailandesas em hora de expediente. Não admira que a Igreja Católica tenha abolido esta inútil criação espiritual. O Inferno não era apenas um anacronismo. Era um convite ao pecado terreno pela promessa de uma eternidade em grande".
Vamos tentar transferir este texto para a realidade portuguesa, para nos apercebermos de quão vasto é o Inverno na mente de JPC...
Claro que, quem neste País tem posses, irá preferir frequentar uma das conspurcadas praias de Matosinhos ou preferir as gélidas águas do Minho, ou mesmo correr o risco de ser considerado imigrante nesse pequeno principado, pertença de Sua Majestade, que dá pelo nome de Algarve...
O sadomasoquismo sempre esteve presente, concerteza, na vida de JPC...pelo menos foi o que os seus progenitores devem ter sentido quando a sua mãezinha o deu à luz e terá dito ao seu paizinho: "Se tivesses aproveitado o leite para fazer uma bola de queijo, estávamos todos bem melhor servidos!!"
JPC é, só falta subscrever e carimbar com selo branco, um fascizóide, quase um pulha pidesco (como diria essa brilhante personagem de Herman José, Artista-Bastos), que esqueceu a trilogia Deus, Pátria, Família e, acima de tudo, deixou congelar no seu cérebro desgastado pelo rigoroso Inverno que por lá vai a ideia que todos sabem de que o Inferno existe para justificar a existência do Paraíso, o baluarte da toda a doutrina católica...
Por isso, JPC, vá rezar um terço, dois Pater Noster e três Avé-Maria, e deixe de escrever sobre coisas cuja sua mente congelada não está preparada... Ah, e lembre-se! Já Karl Marx dizia que a religião é o ópio do povo!...

O pior é que lhe dão asas para escrever...
E isso, irrita-me profundamente!...

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