quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Nem de Propósito...

Acabado de "roubar" ao meu Vizinho.
"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça.No sucesso verificamos a quantidade, e na desgraça a qualidade."
É que nem de propósito!!!

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Unforgivable Treason

Mais do que o nome da banda de amigos onde me insiro, na tradução arravezada significa traição imperdoável. Talvez por isso seja o nome da banda de amigos onde me insiro. Faz sentido. A minha antiga banda chamava-se Love to Hate graças a uma música do mesmo nome com uma dedicatória especial: "Hey, i am no killer, bitch, i´m just living my life running fast. If i was a killer, bitch, you've already blasted." terminando num expoente "This is told from love to hate: Welcome to my reality!".
A amizade, na sua plenitude, é uma relação baseada na confiança quase cega pelos nossos amigos ou, como diria um velho conhecido na sua melhor forma, "Amigo que é amigo põe a mão no fogo pelo outro, mesmo sabendo que se vai queimar!". Podendo adquirir variadas formas, desde a mais colorida à mais cinzenta, uma amizade é o percorrer de um caminho em comum com outra pessoa. Tenho-me em conta como uma das pessoas mais afortunadas do Mundo por ter amigos a sério, de confiança, dos que colocam a mão no fogo por mim, dos que me afagam na tristeza e rejubilam na alegria. Dos que me "abrem os olhos à lapada", mas que me deixam bater com a cabeça nas paredes para aprender. Dos que me ensinam a pescar sem pescarem por mim. Dos que sorriem quando entro na sala e que me fazem sorrir quando os vejo. Dos que me acompanham pela vida e, mesmo até, se tal fosse possível, dos que já ficaram pelo caminho mas ainda espelham nos olhos as recordações de uma amizade tão forte que não pode ser levada pelo vento. Desses, felizmente, tenho alguns, não muitos, que os amigos devem contar-se pelos dedos das mãos, mas os suficientes para me sentir feliz junto a eles. Acima de tudo, sentir-me feliz.
Amizade é também saber perdoar e ser perdoado, proteger e ser protegido, amar e ser amado...
Mas há coisas na vida que não se conseguem perdoar. Shakespeare escreveu: "Errar é humano, perdoar é divino!". Acredito. Eu não sou divino. Nem sempre consigo perdoar.
E uma das coisas que acho imperdoável é a traição de um amigo. Não pelo resultado da traição em si, mas por ter querido demonstrar que não somos de confiança, mas querem que confiemos, que não sabemos amar, mas querem que amemos. A traição na forma de não nos deixarem aprender com os nosso erros, de não nos deixarem bater com a cabeça nas paredes, de nos deixarem cair e não quererem amparar a nossa queda. Isso não é um amigo. Provavelmente nunca terá sido...
Felizmente, tive amigos que me seguraram. Que, a certa altura, me impediram de cometer uma loucura. Que mantiveram viva a reminiscência de um coração generoso que a certa altura tive e que, mesmo depois de tantos anos, continua a crescer muito lentamente. Desses amigos é que eu preciso.
Dos outros, não preciso de novas...
Este post é para vocês, sem nenhuma ordem em especial, pois os meus amigos são unos: "Baixinha", "Tyrant", "Canhi", "Moby", "CMoby", "Johnny", "CJohnny", "Ans", "Li", "Richie", "Bé", "9Run"

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Minha "Baixinha"

Minha "Baixinha",
182 semanas, 1274 dias, 30576 horas, 1834560 minutos, 110073600 segundos... e a contar...
A viagem tem sido louca, mas vale bem a pena!

sábado, fevereiro 17, 2007

WOW!!!!!

Acabei de chegar a casa depois dum concerto magnífico de Xutos & Pontapés no Pavilhão Municipal de Gaia... só me ocorre dizer uma coisa... A CASA VEIO ABAIXO!!!!!!!

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Carta Aberta a Bento XVI

Eminência,
Sei de antemão que este singelo post nunca chegará a ver a luz do dia no Vaticano. É herege.
Ainda assim, gostaria de responder de forma clara e aberta às suas declarações. Acabei de ler num dos jornais diários de maior circulação em Portugal que V. Eminência terá dito que "Nenhuma lei dos homens pode subverter a lei divina sem que a sociedade seja dramaticamente afectada". É mentira! Pode e deve "subverter". A "lei divina" foi escrita e compilada por homens e desde já a sua teoria cai por terra.
Vivo num país terceiro-mundista que só agora, no dealbar do século XXI, acorda para a realidade de igualdade, da justiça e da inteligência ao serviço do seu povo. Que só agora, no início de uma dura batalha contra as adversidades que o novo milénio irá, com todas as certezas, apresentar, que só agora, repito, tomou consciência da sua individualidade no contexto planetário sem, com isso, colocar em causa as crenças de todos quantos habitam neste "pequeno jardim à beira-mal plantado".
A República Portuguesa, como V. Eminência deveria saber, tem uma Constituição. Um documento que serve de rol para os direitos e deveres fundamentais da nossa sociedade. Uma espécie de manual de instruções, se preferir.
Nesse manual, chamemos-lhe então assim, são referidos alguns pontos dos quais se V. Eminência tivesse conhecimento, não teria (penso eu, mas agora estou a extrapolar...) afirmado o que afirmou.
Um manual que nos diz que "Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária"(art. 1º) , que refere que "A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa"(art. 2º), que afirma que "Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade"(art. 7º, parágrafo 1) , e que aponta como tarefa fundamental do Estado a "Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais"(art. 9º, alínea d).
No cúmulo, o nosso manual é taxativo ao afirmar que "O povo exerce o poder político através do sufrágio universal, igual, directo, secreto e periódico, do referendo e das demais formas previstas na Constituição"(art. 10º, parágrafo 1).
Foi isso que aconteceu, Eminência. O povo, no uso da sua liberdade e livre-arbítrio, falou. Gritou aos quatro ventos que crime é deixar mulheres morrer em vãos de escada, que crime é fechar os olhos, assobiar para o lado e fingir que o problema não existe, que crime é denunciar o uso do preservativo quando a Humanidade se vê a braços com o flagelo do HIV.
Não acredito em Deus, Eminência. Mas, partindo da ínfima possibilidade que Ele existe, não acredito que gostaria de ver o produto da sua criação, feito à sua imagem e semelhança, morrer por "dá cá aquela palha".
Quando a "lei" de Deus falha (e falha!), a lei dos homens é o único sustento. Para o bem e para o mal.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

In Jn.pt

"F1: Tiago Monteiro anuncia ausência em 2007 - Piloto português vai preparar o regresso para regressar em 2008" - Numa notícia de última hora, o JN notíciou a notícia noticiada de que o regresso do regressante regressor Tiago Monteiro prepara a preparação preparativa do seu regresso para regressar em 2008. Confuso? Não, mau jornalismo...

domingo, fevereiro 11, 2007

And the winner is...

Mais de 50 por cento da população que não merece a democracia que tem. Passam a vida a falar mal do Governo e dos políticos, de como estes não resolvem nada e, finalmente, quando lhes é dada a oportunidade de marcarem uma posição, fogem com o rabo à seringa, refugiando-se numa desculpa que tem tanto de estúpida como de esfarrapada.
Não era uma questão de votar sim ou não, mas sim uma questão de aparecer e votar! E quando, mesmo antes de se saberem os resultados oficiais, já todos se congratulavam pela descida da abstenção, esqueceram-se de que, ainda assim, mais de metade dos eleitores se preocupou mais com a comida que deram à tartaruga, com o filme que estava a dar na TV ou se iriam bater ou não na mulher após a eliminação do Benfica da Taça, do que em ir votar e demonstrar que a sua consciência cívica e política está activa.
No final, o Sim venceu. Ainda bem. Pode ser que comecemos a eliminar de raiz os abortos que podiam, mas não foram votar...

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Duas considerações sobre abortos

E não, não estou a falar dos defensores do Não, apesar de poderem existir algumas semelhanças, nomeadamente ao nível da qualidade intelectual das argumentações.
1ª Consideração - Uma pessoa que afirma que as pessoas devem votar não porque o número de nascimentos vai rejuvenescer a sociedade e a economia é duplamente estúpida: primeiro porque as mulheres não são mulas carrejonas cujo único propósito é dar à luz; depois, porque ouvi essa afirmação da boca de uma mulher!!!
2ª Consideração - Sempre que ouço os apoiantes do Não falar, apetece-me ir ao hipermercado mais próximo comprar mantimentos para a invasão que aí vem: milhões e milhões de mulheres em estilo zombie a dirigirem-se em fila indiana para os hospitais para poderem abortar. Admiro-me de ainda ninguém ter tido a ideia de afirmar que a única razão do governo apoiar o sim é para garantir uma maior taxa de internamento e, com isso, diminuir o défice...