Começo já a ficar farto de ligar a TV, o rádio ou o computador para me ligar à Internet e tudo o que se vê, se ouve e se lê é Israel isto, Israel aquilo, Hezzbolah isto, Hezzbolah aquilo, Líbano e Palestina isto, Líbano e Palestina aquilo...
Chega! O que é demais passa à frente!
Ainda ninguém percebeu a coisa...
A culpa dos conflitos no Médio Oriente não é dos terroristas palestinianos, libaneses, sírios nem da arrogância "eu-tenho-as-costas-quentes-porque-os-meus-amigos-são-os-EUA-logo-faço-o-que-quero-e-que-me-apetece" israelita. A culpa é das Nações Unidas. Com este documento, as Nações Unidas traçaram o destino da região: nunca na vida um estado arábe iria aceitar a imposição de um estado judaico dentro das suas fronteiras. Nunca um estado prestes a ganhar a sua soberania estaria pronto para a perder quase de seguida. Mas foi isso que aconteceu.
Queriam o quê? Que todos vivessem em paz e harmonia??? Pois e o Pai Natal ainda ontem estave a gozar férias em Belize...
O pior de tudo está na péssima justificativa que a grande maioria dos historiadores faz por esquecer apagar dos registos: a atitude das Nações Unidas não tem sequer uma justificação plausível! A desculpa do criar um estado judaico como forma de compensar todos os terrores que os judeus passaram durante a II Grande Guerra é de bradar aos céus!!! Os judeus mortos pelos nazis eram alemães, polacos, russos, romenos, checos, holandeses, franceses, belgas, italianos, etc... Até então, nunca a comunidade judaica em todo o mundo reclamara a criação de um estado que, por incrível que pareça, encontra as suas raízes num livro (chamem-lhe Bíblia, chamem-lhe Torah), como se agora fosse possível eu reivindicar a criação de um estado soberano entre o Porto e Aveiro só porque reclamo o trono do País das Maravilhas, uma vez que ninguém sabe onde pára a Alice ou se ainda é viva. De repente, meio mundo horrorizado clama por justiça divina para os judeus e pede-se a criação de uma nação no meio de outra nação...
O que me faz pensar nestes pontos:
1- Porque não foram criadas nações para os 5 milhões de vítimas dos nazis que não eram judeus?
2- Quem foi a besta que teve a brilhante ideia de meter um estado judaico sedento de vingança a com ânsias expansionistas no meio de meia dúzia de países árabes que sempre que alguém refere que morreram 6 milhões de judeus às mãos dos nazis, retorquem "e foram poucos..."?
3- Curiosamente, os maiores conflitos na região começaram a partir de 1947, precisamente quando as Nações Unidas decidiram "borrar a pintura"...
Os judeus foram desde sempre um dos povos mais perseguidos e discriminados da História, em qualquer país que se auto-intitula hoje de "democrático". As justificações religiosas/raciais encobriam as verdadeiras motivações económicas, quer no Portugal do séc. XVII, quer na Alemanha Nazi do séc. XX (ou alguém acredita na história da "supremacia da raça ariana" tão bem personificada pelo cabelo loiro e olhos azuis do seu mentor Adolf Hitler...?), mas hoje acontece o contrário. O estado de Israel, a coberto da "pseudo-democracia" e da ajuda americana, persegue e quer estrangular os estados árabes com uma meta em mente: petróleo. Se, com isso, conseguirem eliminar 2 terroristas e 750 civis inocentes, pois, muito bem. Danos colaterais aceitam-se (onde é que eu já ouvi isto??? ahhh, Bill Clinton e a NATO nos Balcãs...), e além disso, as criancinhas árabes de hoje são os terroristas de amanhã, tal como Hitler pensava dos judeus...
Por isso, declarem o fim de todas as hostilidades de Israel sobre o Líbano e a Palestina, mudem o Estado de Israel para uma ilha no Pacífico e vão ver como tudo se resolve num ápice...
