Eis o porquê...

Se o meu nick ainda deixasse alguma réstea de dúvida, assumo-o com frontalidade: sou de esquerda.

Sendo de esquerda, li muita literatura de esquerda ("Das Kapital" é uma das minhas referências), mas não só. Enquanto jovem, criei heróis e vilões de esquerda e direita que, com o tempo, fui recolocando, de acordo com os meus princípios, nos respectivos lugares.

Sabendo que a coerência não é um valor absoluto, mas que não devemos exagerar na sua falta, Cuba foi sempre uma das minhas bandeiras, pelas mais variadas razões:

- Porque a figura romantizada de Ernesto "Che" Guevara inundou a minha adolescência;

- Porque a luta de Castro para o derrube do regime de Batista era, para mim, o equivalente internacional à Revolução dos Cravos;

- Porque não entendia como um país ostracizado pelo mundo ocidental tinha um sistema de saúde a roçar a perfeição e um sistema de ensino aberto a todos;

Ao final de quase 30 anos de vida, e por via do À Esquerda, encontrei as palavras que me faltavam para explicar a todos os que me questionam porque continuo a defender o regime cubano e, na sua plenitude, porque sou de esquerda...